Lisboa, 27 de Julho de 1362


Amada Inês,


Não suporto a minha vida sem ti. Tenho sido constantemente atormentado por pesadelos durante a noite. Vejo-te nos meus sonhos, morta, mas a perguntar-me porque te deixei naquele dia. Durante o dia vejo vultos, assemelhando-se a ti. Chego a pensar que és tu, volto a olhar, mas não és. Tu ainda me persegues… e eu não consigo ficar indiferente a isso.

É mais fácil lutar contra um exército do que contra um fantasma.

As pessoas acham que sou louco, mas não, eu não sou louco. Simplesmente tiraram de mim a pessoa que mais amava neste mundo.

Não sabes o quanto sofrimento está dentro de mim… se tu soubesses, minha Inês, o quanto tenho amargamente sofrido com a tua ausência...

Mas um dia nos encontraremos e o nosso amor permanecerá para sempre e nada, nem ninguém nos vai separar. Nunca mesmo!

A palavra “amo-te” não chega para dizer o quanto te amo. Sinto tanta falta de ti, dos teus abraços, dos teus conselhos, dos teus beijos, dos teus medos… tanta falta.


Até à eternidade...Inês


Pedro




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