Lisboa, 28 de Setembro de 1361
Amada Inês,
Fiz justiça ao teu nome! Aqueles que te mataram, mortos estão!
Desculpa, Inês, mas não consegui capturar o terceiro assassino. Fugiu para França. Quantos aos outros dois consegui-os através de uma troca de prisioneiros com o rei de Castela.
Fi-los arrependerem-se do mal que te fizeram. Sofreram severa mas justamente.
A minha raiva e fúria era tanta que lhes fora retirada o coração, a um pelas costas ao outro pelo peito. Assisti a tudo sem pena alguma. Nem a consciência me pesou!
Quando lhes fora retirados os corações a ambos a minha alma gritou de satisfação, de vitória, de gosto, de gozo, … Finalmente a tua inocente morte foi vingada pelas próprias mãos.
Senti-me como se estivesse mais leve, consegui tirar a raiva e o sentimento de culpa que tinha.
Mas a partir de hoje tudo vai ser diferente, vou tentar ser o “pai” para Portugal, já que não consegui ser um “marido” para ti.
Não vou deixar que Portugal morra nas mãos sejam de quem for.
A tua ausência mata-me… mas os meus pensamentos contigo fazem-se viver de novo.
Até à eternidade... Inês
Pedro
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